“Precisamos de ajuda urgente. As autoridades precisam nos dar atenção.” Esse desabafo foi do Secretário Municipal de Saúde de Acrelândia, Tião Rita, ao procurar a imprensa para comunicar o aumento de 2 para 7 casos confirmados de Covid-19 no município.

O município suspendeu todas as atividades que poderiam aglomerar pessoas e colocou barreiras nas entradas da cidade para controlar a entrada de saída de pessoas, mas proporcionalmente está sendo uma das cidades mais afetadas da região. “Se não nos ajudarem podemos passar Rio Branco no número de casos de Covid-19. Nossa situação é preocupante” disse Tião Rita.
Acrelândia é a primeira cidade do Acre, na fronteira com Rondônia, e na entrada da estrada de acesso há um posto de gasolina muito movimentado, frequentado geralmente por viajantes.
A equipe de vigilância sanitária do município está visitando os estabelecimentos considerados essenciais e orientando a permanência de uma pessoa na entrada higienizando as mãos dos clientes e usuários, além de limitar a quantidade de pessoas circulando e distanciamento nos estabelecimentos.
Segundo a Coordenadora de Atenção Básica no município, enfermeira Elaide Souza, a Secretaria está enfrentando uma rejeição por parte das pessoas quanto as orientações. “Precisamos muito da compreensão da população nesse momento. Só com a colaboração de todos teremos sucesso no combate a esse vírus” disse a Coordenadora. Ela pede também que a população fique em casa e aproveite a oportunidade para limpar seus quintais ajudando também no combate à dengue.
O prefeito Ederaldo Caetano reforça o pedido para as pessoas ficarem em casa e anuncia o decreto de estado de calamidade pública no município. “Temos que publicar esse decreto de estado de calamidade pública a partir do dia 1/04. Nós precisamos da atenção do Governo do Estado e do Governo Federal. Atravessamos uma grande crise financeira e com essa pandemia nossa situação ficou crítica” disse Caetano.